Terceiro Aniversário da scar-id: uma nova marca ATER

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Estão a criar uma nova marca ATER em modo ‘available soon’?

Hoje é o terceiro aniversário da scar-id. Mas como de costume, porque estamos na época do Natal, vamos deslizar a nossa festa para 2017.Queremos mais uma vez juntar alguns amigos, clientes e designers, e agradecer a todos por por este percurso fantástico de 3 anos.Mas ao mesmo tempo, pensámos que este podia também ser o momento ideal para lançarmos um projecto, que de alguma fora, tem sido constantemente adiado.Agora que esta fase inicial de 3 anos de scar-id já passou, sentimos que é a altura certa para nos voltarmos a envolver no processo de desenho.

O que podemos esperar?

ATER é uma linha de produtos desenhados por nós, os fundadores da scar-id, com o tipo de identidade e visão que gostaríamos de partilhar com os nossos clientes.Adoramos trabalhar como curadores, mas tendo em conta a nossa formação, sentimos falta do processo criativo. Consideramos que está na altura de transmitir a nossa identidade, não apenas no conceito da loja, mas também num dos seus principais componentes, o produto.O que podemos encontrar, nos próximos dias no Instagram da ATER são alguns detalhes dos nossos produtos em pele.Vamos começar por uma linha de acessórios, desenhada por nós e produzida de uma forma muito artesanal numa pequena oficina perto do Porto, com a melhor pele lisa que encontramos.Malas pretas minimais e essenciais, como expressão para a identidade individual. 

Mas vocês já tiveram uma marca de acessórios, certo?

A scar-id começou realmente por ser uma marca de malas. Quando pensámos em voltar ao processo criativo, teríamos de recomeçar com acessórios. 

E o nome ATER?

ATER é preto mate em Latin, foi durante muito tempo a palavra mais frequente para nomear a cor preto. Adoramos o preto e o seu acabamento mate. O preto é uma cor muito especial que durante a História teve sempre diversas e contraditórias conotações.Mas para nós, o preto é uma cor fantástica. Consegues-te sentir confiante a entrar num espaço todo vestido de preto, sem logos ou detalhes, apenas preto plano. Mas ao mesmo tempo consegues sentir-te anónimo e passar despercebido numa multidão.  

Conseguimos perceber a vossa necessidade de criar produtos com a vossa identidade, mas falando do vosso trabalho como curadores, não sentem que a loja já tem a vossa assinatura?

Sim, definitivamente. Uma destas noites, enquanto fechávamos a loja, olhamos para dentro e algumas peças pretas e cinzentas estavam penduradas no ar, espalhadas pela montra e nas prateleiras estavam algumas cerâmicas dos Lagrima, os Óculos Darkside, o set de skincare da Made in Youthland, os cadernos Husk, a nova colecção Urchin da Joana Santos. E tivemos aquele momento de epifania: nós usamos todos estes produtos na nossa rotina diária, nos nossos uniformes, na nossa casa. Esta loja tem seguramente a nossa identidade.Seleccionamos cada peça que temos na loja, e na maior parte das vezes, pedimos produtos especiais com um desenho mais relacionado com o nosso gosto pessoal.Mas também apresentamos produtos com os quais não nos relacionamos tanto, mas que são igualmente produtos fantásticos, com um design experimentalista, avant-garde, para novos usos, com novas técnicas.

De certa forma têm de equilibrar entre o vosso próprio gosto e o restante ´bom´ design?

Sim, equilíbrio é um bom termo para o descrever. Por um lado temos de seleccionar produtos com os quais nos identifiquemos, por outro lado temos a própria disciplina do design, ou mesmo a disciplina da arte para respeitar, com os seus criadores e a sua própria expressão.Mas na realidade nós temos de cumprir com as expectativas do nossos Clientes. No final, são aqueles 1% que interessam. Tudo o que fazemos tem de ser feito para aqueles 1% de consumidores mundiais que estão na realidade interessados naquilo que fazemos. 

Apenas 1%?

Teoricamente. Sabemos que somos uma loja de nicho para um pequeno grupo de consumidores que percebem que aquilo que fazemos está relacionado com cultura, arte,  conceitos, ideias, uma espécie de visão ou perspectiva sobre o mundo.Não estamos no negócio da moda, não queremos saber de tendências, do consumismo ou do empreendedorismo.Como tal, a ATER será também uma marca para esses 1%, ou na realidade para uma pequena parte desse 1% que prefere preto e minimalismo do que expressionismo avant-garde. 

E vamos ter de esperar muito pela ATER?

Temos de criar o cenário perfeito para a ATER se desenvolver como a (sub)marca que esperamos. Não se trata apenas de colocar os produtos nas prateleiras. Por isso é que este modo ´available soon´ é tão importante para o cenário. Temos de contar a história primeiro. Mas a história é também a própria marca, o produto é apenas a sua parte física. Fiquem atentos.