Rita Sá [ novos preços ]

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Dia 28 de Fevereiro, a SCAR-ID apresenta a nova colecção SS20 de Rita Sá.

Nesse dia, a nossa selecção AW1920 da marca, depois de um período de 30% de desconto regressa, como anunciado, aos valores originais e as peças SS19 passam indefinidamente a uma redução de 30%.

Porque é que uma colecção, que se quer assumir como Intemporal, reduz o seu preço?

Entre as mais variadas razões, com as quais habitualmente, manifestamente discordamos, encontra-se uma motivação indiscutível, que pela sua transparência em nada colide com os princípios que tentamos defender: ciclicamente, é necessário encontrar com alguma urgência um orçamento extra capaz de auxiliar o desenvolvimento de novas criações.

Uma vez completado o seu propósito artístico de financiamento de uma nova colecção, o produto não vendido não encontra outro pretexto apropriado para não regressar à sua categoria original de produto intemporal. A peça volta a estar marcada com aquilo que consideramos ser qualquer coisa como um preço-justo.

Mas por vezes os preços justos (já por si alvo de extrema subjectividade) tornam-se injustos, o que agrava toda a subjectividade reservada à questão económica.

Um preço justo de uma peça tona-se injusto sempre que a peça não é vendida, dado que nessa eventualidade, alguns dos intervenientes do ciclo não são correctamente expostos à pertença justiça da distribuição das (pequenas) mais-valias.

Nesta perspectiva, deve uma colecção de ambição intemporal, ver o seu desejado preço-justo reduzido de forma permanente para poder cumprir, ainda que por via paralela os objectivos iniciais? Pode reduzir-se de forma temporária, estabilizando-se novamente, no preço original?

A resposta mais razoável, inevitavelmente não resolve a questão: depende.

Para o caso, pareceu-nos interessante a estratégia comercial da marca Rita Sá, pelo simples facto de nos levantar questões essenciais à mensagem que diariamente comunicamos aos nossos consumidores.